texto de opinião 1- será o design social menos design?
- Laura Caria
- 20 de fev. de 2019
- 2 min de leitura

Será o design social menos design?
Crónica de Carlos Rosa para o Ípsilon.
O autor deixa bem claro que as definições de design e de design social são completamente distinguíveis. Deste modo, vê-se a vertente mais mainstreamou comercial do design a ser um pouco demonizada em detrimento do chamado design social que é aqui apresentado como o design “que realmente interessa”.
Embora seja verdade que o design existe para facilitar o quotidiano das pessoas e portanto o seu foco sempre foi as pessoas, e sendo também verdade que pode e deve ter uma responsabilidade social, esta responsabilidade pode ser explorada no âmbito de outros projetos que não sejam apelidados necessariamente de projetos de design social.
O facto de se aumentar a escolha dos cidadãos, de haver divulgação de dados, de se diversificarem os fornecedores e de haver uma escolha cuidada dos materiais usados já é uma demonstração de design responsável e preocupado com causas sociais e ambientais e esta preocupação pode ficar por aqui ou ser explorada ao ponto em que tem peso suficiente para se tornar o objeto de estudo do projeto, é aí que se fala em design social.
O design social é então uma área do design de extrema importância mas não é de todo a única “que interessa”, tal como é sugerido na crónica de Carlos Rosa, uma vez que o design continua a ter muito valor artístico e funcional quando o seu foco principal nao é uma causa social em especifico e seria limitador restringirmos uma disciplina destinada a resolver problemas a um único tipo de problemas (as causas sociais).
Assim, quando o autor pergunta “ esta abordagem em prol da sociedade civil deve ou não ser um tipo particular de design?” parece que esta separação não deve ser tão abrupta uma vez que a diferença entre este design e o design mais comercial é apenas o problema principal sobre o qual se debruçam.
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